segunda-feira, 26 de novembro de 2007

AUTO-AJUDA

MILAGRES DA COMUNICAÇAO
Vivemos a era da tecnologia. Praticamente toda as atividades humanas estão tomadas por este furor modernoso de máquinas e equipamentos. Mas ainda temos o domínio do sutil, da comunicação não verbal, da analogia, do subentendido, do denotativo e do conotativo. Ah! Estas qualidades, por muito tempo farão parte do acervo humano específico. Estas são qualidades divinamente concedidas. Por elas, destruímos, por elas criamos.
Carne de Língua
Uma lenda africana conta a história de um rei cuja esposa vivia triste, definhando. Um dia, ele nota que a mulher de um pobre pescador que morava próximo à corte era o próprio retrato da saúde e da felicidade. Então, ele se dirige ao pescador:
- Como você consegue fazê-la tão feliz?
- É fácil, responde o pescador. Dou a ela carne de língua.
O rei imagina que agora tem a solução. Ele ordena que os melhores açougueiros do reino tragam língua para sua esposa, e passa a servir uma dieta reforçada. Mas suas esperanças são frustradas. Ela piora. O rei fica furioso, vai até o pescador e diz:
- Vamos trocar de esposa . Quero uma mulher mais alegre.
O pescador é obrigado a aceitar a proposta, apesar de fazê-lo com muito pesar. O tempo passa e, pouco a pouco, para a aflição do rei, sua nova esposa cai doente e definha a olhos vistos, enquanto sua ex-esposa, vivendo com o pescador, transpira saúde e alegria. Um dia, no mercado, ela passa pelo rei, que mal a reconhece. Ele fica impressionado:
- Venha comigo !!!
- Jamais, responde ela, e explica:-Todos os dias, quando meu novo marido chega em casa, ele se senta comigo, me conta histórias, ouve as que tenho para contar, canta, me faz rir, me enche de vida. Essa é a carne de língua, alguém que conversa comigo e dedica a atenção a mim. O dia inteiro mal posso esperar que chegue a noite.
Sem atenção, não há gentileza, nem calor humano, nem proximidade, nem relacionamento.
O Poder das Palavras
Um orador fala do poder do pensamento positivo e das palavras.
Um participante levanta a mão e diz:
"Não é porque eu vou dizer felicidade, felicidade, felicidade! que me irei sentir melhor e não é porque eu vou dizer desgraça, desgraça, desgraça! que me irei sentir menos bem: não são mais que palavras. As palavras são isso mesmo, sem poder..."
O orador responde:
"Cale-se, seu idiota, é incapaz de compreender o que quer que seja!"
O participante está paralisado, ele muda de cor e prepara-se para replicar agressivamente: "Você, espécie de..."
O orador levanta a mão: "Peço que me desculpe. Eu não quero magoar. Peço que aceite as minhas sinceras desculpas."
O participante acalma-se.
Os outros participantes murmuram e há agitação na sala.
O orador intervém:
"Têm a resposta à questão que puseram: algumas palavras desencadeiam dentro de voces raiva e cólera. Outras acalmam. Compreendem melhor o poder das palavras”?

Carlos Turato

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