segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Calúnia

“Com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos (Lucas 6, 38)

Constantemente nos deparamos com a calúnia e com pessoas que foram vítimas desta “desgraça” e ficamos amargurados e até revoltados pelos estragos que ela acarreta na vida das pessoas que foram vítimas e na vida das pessoas ligadas a elas.
Monsenhor Vieira tinha o costume de dizer que uma calúnia pode causar um estrago na vida das pessoas como se pegasse as penas de uma galinha e jogasse do alto da torre da Igreja: as penas se espalhariam de tal maneira que nunca mais teria como ajuntá-las, tal é a desgraça que uma calúnia pode causar na vida das pessoas.
Somos seres humanos com nossas qualidades e defeitos, típicos de cada pessoa, por isso é mais fácil acobertar nossas falhas apontando os defeitos dos outros, defeitos esses que podem ser até menores que os nossos. A maior virtude da pessoa é ser capaz de reconhecer seus limites, seus defeitos e se empenhar por estar sempre se corrigindo.
Jesus antes de retornar ao Pai nos diz: “Como o Pai me amou, eu também vos amei. Amai-vos uns aos outros”.(Jo 13, 34)
“Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão”, doar a vida significa colocar o outro acima de você, elevar a imagem do outro e nunca ficar vendo defeito onde não existe, só por inveja ou ciúmes.
Só teremos uma sociedade saudável, gostosa de se viver, à medida que soubermos conviver com as qualidades e os defeitos das pessoas, empenhando-nos por valorizá-las e ajudando-as a se libertar de seus defeitos, seja na família, na Igreja, na política e no convívio do dia-a-dia.
“Tire primeiro a trave dos teus olhos para depois tirar o cisco que está no olho do teu irmão”. (Mt 7, 3). Aí poderá enxergar melhor para poder ajudar seu irmão.
O Senhor Jesus que veio até nós na simplicidade de uma manjedoura, nos dê a virtude da humildade para podermos fazer de nossa vida um serviço aos irmãos.

Pe. Sebastião Camilo de Almeida – Pároco de Jacutinga

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