SANTA CASA DE JACUTINGA EM FOCO

A Santa Casa de Misericórdia de Jacutinga, sob o comando do gerente administrativo Luiz Fernando Cunha, já foi referência em satisfação de atendimento em Minas Gerais.
Num certo período, Cunha deixou de dirigir a entidade e a mesma passou por intervenção, movida por Medida Provisória pelo Poder Público da época, ocasião em que à entidade fechou suas portas, temporariamente.
A entidade passou por um trabalho sob a provedoria do farmacêutico Rogério Turano, que entre uma maneira e outra foi buscando solução para os problemas lá existentes.
Em junho de 2006, a Santa Casa voltou a ser dirigida por Luiz Fernando Cunha, tendo como provedor o Vereador Luiz Carlos Crivelaro. De lá pra cá, a Santa Casa vai encontrando um caminho.
Hoje, após pesquisa minuciosa com várias pessoas que utilizaram os serviços prestados pela entidade e parentes das mesmas. chegamos à conclusão de que a Santa Casa vem atingindo cada vez mais, um bom índice de satisfação.
Diante disso, nesta semana, trazemos uma entrevista com o gerente administrativo Luiz Fernando que fala sobre esse processo de evolução.

Gazeta - Cite os avanços que a Santa Casa obteve desde quando assumiu em julho de 2006?
Cunha - A Santa Casa passou por um período muito difícil entre os anos de 2003 e 2004; coincidentemente o período em que eu estive fora da direção do Hospital, foi um período triste que teve cenas grotescas como o fechamento do Hospital, por exemplo, perseguição e/ou pressão aos funcionários, atrasos gigantescos no pagamento dos salários, falta de medicamentos e materiais, etc.
A partir de 2005, com a nova diretoria que assumiu o Hospital (num primeiro momento com o Sr. Adão Rogério Turano e depois com o Sr. Luis Carlos Crivelaro) as coisas começaram a se acertar; neste período eu estava à frente da Secretaria de Saúde e, juntamente com a Prefeitura, buscamos ajudar a Santa Casa no que fosse preciso.
Com minha saída da Secretaria de Saúde em meados de 2006, o Sr. Luis Carlos Crivelaro me convidou para assumir o Hospital novamente, tivemos avanços significativos no atendimento e na infra-estrutura:
- Construímos um abrigo e adquirimos um Gerador de Energia totalmente automático, trazendo tranqüilidade aos profissionais e pacientes do Hospital;
- Construímos um abrigo e firmamos parceria com empresa especializada para coleta e destinação final dos resíduos (lixo) gerados pela Santa Casa;
- Construímos uma sala anexa ao Centro Cirúrgico para conforto de profissionais, pacientes e familiares;
- Montamos e equipamos a Agência Transfusional trazendo segurança àqueles que necessitam de transfusões sanguíneas;
- Trocamos todo o piso da Ala de Apartamentos que era Paviflex e substituímos por Granilite;
- Adquirimos equipamentos tais como: Máquina de Lavar Pisos Automática; Foco Cirúrgico para a Sala de Parto; Incubadora para Recém-nascidos e Aparelho de Fototerapia de última geração; Aparelho de PABX (modernizando o sistema de telefonia da Santa Casa); etc.
- Especializamos ainda mais o quadro de funcionários, contratando Enfermeiros (as) para supervisionar os setores do Hospital durante todos os dias;
- Redimensionamos nosso estoque de Materiais e Medicamentos, garantindo que não haverá falta destes no tratamento dos pacientes.
- Conseguimos, com muito esforço, todas as Certidões necessárias para conseguir apoio do Setor Público (Conjunta Receita/INSS, CRF – Fundo de Garantia, PGFN – Fazenda Nacional, etc); e conseguimos este apoio tanto do Governo Estadual quanto Municipal.
Enfim, estamos trabalhando para trazer a Santa Casa mais uma vez ao patamar de melhor Hospital da região.


A Santa casa vem recebendo muitos elogios por parte da população. O que tem a dizer?
Os elogios, assim como as críticas, são muito bem vindos, nos ensinam e nos mostram o caminho a seguir. Se elogios há, são fruto de muito esforço e do trabalho da Diretoria, dos Profissionais Autônomos, dos Profissionais Contratados e principalmente dos funcionários da Santa Casa.
Todos eles sabem e reconhecem quando o trabalho é bem feito e é realizado com seriedade, a Santa Casa não pode mais ser tratada como uma instituição menor, ela deve ser tratada como uma empresa, uma empresa que tem funções sociais, mas que precisa se manter (financeiramente) para poder continuar a cumprir essa função social; e é isso que buscamos no dia a dia: profissionalismo, porém “sem perder a ternura jamais”.

Próximos projetos da Santa Casa?
Buscamos a melhoria continua de nossos processos e dos meios que utilizamos; para tanto estamos sempre buscando profissionalizar e especializar cada vez mais o quadro de pessoal, esse é um ponto.
Temos um projeto de construção de um novo Centro Cirúrgico, imprescindível para atender à demanda de nossa cidade, também de uma Pediatria – tão necessária para dar condições ainda mais dignas de atendimento às nossas crianças.
Este ano a Santa Casa completa 95 anos de atendimento a população de nossa cidade e região (sem distinção de raça, cor, religião, etc). A maioria de nós não viu seu nascimento, mas “Ela” viu e acolheu o nascimento de todos nós, Jacutinguenses.
Não podemos nos dar ao luxo de perdê-la.