terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

AUTO-AJUDA

PSICOPATIA VERSUS CARÁTER

Não é possível saber qual destes dois lados, o do bem e o do mal, vai prevalecer. O que assistimos no dia a dia é horripilante. Os jornais, noticiários, trazem noticias sobre crimes, maldades, destruição, aos montes, todos os dias. A falta de valores nos facínoras nos faz pensar sobre a incompetência dos responsáveis, seja os pais, educadores, a sociedade, o governo, etc. em ensinar o que é certo, em dar noções de ética e caráter que permitam que se viva em sociedade de maneira correta, sendo bom. O que está imperando é a crueldade, o dolo, hipocrisia, ganância, etc. Tem mãe ensinando filhas a roubar, como mostrou a televisão estes dias.
POBRES CARNEIRINHOS
O sábio rei Weng pediu para visitar a prisão de seu palácio. E começou a escutar as queixas dos presos.
- Sou inocente, dizia um acusado de homicídio, vim para cá porque quis assustar minha mulher, e sem querer a matei.
Outro dizia: - Me acusaram de suborno, mas tudo que fiz foi aceitar um presente que me ofereciam.
Todos os presos clamaram inocência ao rei Weng. Até que um deles, um rapaz de pouco mais de vinte anos, disse: - Sou culpado. Feri meu irmão numa briga e mereço o castigo. Este lugar me faz refletir sobre o mal que causei.
O rei imediatamente chamou os guardas e ordenou:- Expulsem este criminoso da prisão imediatamente! Com tantos inocentes aqui ele terminará por corrompê-los!
GOSTO DE LEVAR VANTAGEM, CERTO?
Um homem que vivia perto de um cemitério, uma noite, ouviu uma voz que o chamava de uma sepultura. Sendo covarde demais para, sozinho, investigar o que se passava, confiou o ocorrido a um corajoso amigo que, após estudar o local de onde saíra a voz, resolveu vir, à noite, para ver o que aconteceria.
Anoiteceu. Enquanto o covarde tremia de medo, seu amigo foi ao cemitério e ouviu a mesma voz saindo de uma sepultura. O amigo perguntou à voz quem era e o que desejava. A voz, vinda de baixo, respondeu: "Sou um tesouro oculto e decidi dar-me a alguém. Eu me ofereci a um homem ontem à noite, mas ele era tão medroso que não veio me buscar; por isso dou-me a você que é merecedor. Amanhã de manhã, irei à sua casa com meus sete seguidores.”.
O homem corajoso disse: "Estarei esperando por vocês, mas, por favor, diga-me como devo tratá-los." A voz replicou: "Iremos vestidos de monge. Tenha uma sala pronta para nós, com água; lave o seu corpo, limpe a sala e tenha oito cadeiras e oito tigelas de sopa para nós. Após a refeição, você deverá conduzir a cada um de nós a um quarto fechado, no qual nos transformaremos em potes cheios de ouro.”.
Na manhã seguinte, o homem lavou o corpo e limpou a sala, como lhe fora ordenado, e ficou à espera dos oito monges. À hora aprazada, eles apareceram, sendo cortesmente recebidos pelo homem. Depois que tomaram a sopa, ele os conduziu um por um ao quarto fechado, onde cada monge se transformou em um pote cheio de ouro.
Um homem muito ganancioso que vivia naquela mesma aldeia, ao tomar conhecimento do incidente, desejou ter os potes de ouro. Para tanto, convidou oito monges para virem até sua casa. Depois que eles tomaram a refeição, o ganancioso, esperando obter o almejado tesouro, conduziu-os a um quarto fechado. Entretanto, ao invés de se transformarem em potes de ouro, os monges se enfureceram e denunciaram o ganancioso à polícia que o prendeu.
Quanto ao covarde, quando ouviu que a voz da sepultura havia trazido riqueza ao seu corajoso amigo, foi até a casa dele e avidamente lhe pediu o ouro, insistindo que era seu, porque a voz foi dirigida primeiramente a ele. Quando o medroso tentou pegar os potes, neles encontrou apenas cobras, erguendo as cabeças prontas para atacá-lo.
O rei, tomando conhecimento desse fato, determinou que os potes pertenciam ao homem corajoso, e proferiu a seguinte observação: "Assim se passa com tudo neste mundo. Os tolos cobiçam apenas os bons resultados, mas são covardes demais para procurá-los, e por isso, estão continuamente falhando.”.
CARLOS TURATO - PSICÓLOGO

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