terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

Nesta semana, trazemos a história do Sr. Silvério Turato, 76, paulista de Pongaí (na região de Baurú), que há 13 anos escolheu nossa cidade para viver ao lado de sua esposa Dona Maria Pires Turato e seus filhos e netos.
Pode o leitor estar perguntando o real significado dessa entrevista.
Acontece que, devido a alguns dissabores da vida (que não vêm ao caso), o Sr. Silvério tornou-se uma pessoa fechada depressiva. No dizer de seu filho, o psicólogo Carlos Turato, o pai tornou-se uma pessoa sem alegria.
E eis que esse quadro muda de figura, ou seja, há mais de dois anos o Sr. Silvério foi vítima de um AVC (derrame) e, a partir dali, encontrou uma razão para viver no momento em que começou a plantar e formar uma bela horta ao lado de sua casa.
“Nasci em Pongaí, interior de São Paulo e lá vivi na Fazenda de meus pais Giovani Turato e Silvia Belini, que partiram da Itália pela ocasião da Guerra. Eles trabalharam na lavoura de café e foram comprando terras. Cuidei de uma parte das terras e a minha fração na herança foi uma sociedade de uma fábrica de máquinas para o ramo de panificação, em São Paulo. Lá permaneci por 28 anos. Passei por uns dissabores e tornei-me uma pessoa fechada e sem alegria de viver. Meus filhos Wilson e Cidinha vieram para Jacutinga e continuei em São Paulo. Em 1995, minha esposa Maria, eu e minha filha Silvia (já falecida) viemos para Jacutinga. Em seguida, vieram o Carlos e a Lúcia. Mesmo assim continuei uma pessoa fechada. Até que há mais de dois anos fui vítima de um AVC (derrame) e daí tudo mudou em minha vida. Formei uma grande horta ao redor de minha casa e mudei meu modo de vida”, falou Sr. Silvério.
Hoje, a alegria do senhor Silvério é trabalhar a terra e plantar diversas verduras, legumes, frutas, hortaliças e flores e repartir tudo que planta com familiares, vizinhos e amigos.
“Plantei couve, almeirão, berinjela, quiabo, pimenta, alface, chuchu, rúcula, milho, abóbora, salsinha, cebolinha, coentro, manjericão e tomate; e ainda, mamão, romã, goiaba, acerola, amora, entre outras frutas. O dia todo lido com a plantação e tudo que colho aqui reparto com outras pessoas. Fiz até um banquinho debaixo do pé de chuchu, onde paro para descansar quando estou cansado. Digo, mais uma vez, que foi preciso passar por um AVC para dar valor à vida e aproveitar cada momento que tenho ao lado das pessoas que me amam ”, enfatizou o sr. Silvério.
Numa definição simples, o filho e psicólogo Carlos Turato, resumiu: “Hoje, meu pai é um homem muito animado e passa muita energia positiva para nós”.
Como vimos, está aí um exemplo concreto de superação.

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