segunda-feira, 3 de março de 2008

BRASIL URGENTE

Índices
Os chamados índices tentam traduzir, assim como os percentuais, parao mundo matemático os dados do mundo real. Sejam as cotações de ações,sejam os índices inflacionários, ou os de crescimento, todos eles buscamtraduzir em números a realidade existente. O brasileiro médio pouco conhece de índices, mas conhece o mundo real como ninguém. Sabe, por exemplo, que a inflação está baixa, pois não vê opreço das coisas subir, apesar de alguns solavancos em um ou outro produto. Mas o mundo das estatísticas, dos índices, não erra, assim como aspesquisas eleitorais raramente divergem do resultado das urnas.Por mais que a tendência, se verificada, possa provocar mudanças de últimahora. O governo federal, em que pese as denúncias sobre cartõescorporativos, indiciamento de sanguessugas e mensaleiros, vem nadando,melhor seria dizer, surfando, em índices de popularidade e concentrandoações que só fazem crescer estes mesmos índices. Enquanto a oposição bate firme, dentro do que é sua função, naquestão das CPI’s, seja na dos cartões corporativos, seja na das ONG’s, oGoverno Lula anuncia uma reforma tributária e o adiantamento do reajuste do salário mínimo. Uma medida de reestruturação e uma medida de impacto imediato na economia. A reforma tributária, se aprovada como o governo a propõe, resolvemuitos problemas. A começar pela questão da Guerra Fiscal, que é apossibilidade de Estados, através de incentivos do ICMS, brigarem pelainstalação de indústrias. Também a quantidade de impostos seria reduzidanuma clara medida de alivio burocrático.Para agradar à classe média ainda fala em rever a tabela de Imposto deRenda. Adiantar em alguns meses o reajuste do salário mínimo, severificarmos de forma individual, talvez pouco possa significar. Primeiroporque são poucos, pelo menos no Sudeste e Sul, os que recebem somentesalário mínimo. E depois, a diferença seria de trinta reais. Agora vamoscolocar a coisa em termos de Brasil, de toda a economia, qual o volume dedinheiro a mais a ser gasto no comércio? Aumentaria o déficit daPrevidência, bancado pelo governo? O que é isso frente aos aumentos mensais de arrecadação, fruto da melhoria dos controles e da economia em expansão? Uma concessão que Lula fez aos sindicalistas, com reflexos no bolsodos aposentados e comerciantes e suportável dentro da estrutura fiscalexistente. Junte-se a isso o dólar em queda, as Bolsas de Valores brasileirasdestacando-se em volume de negócios e a industria em expansão (caminhões sóse encontram novos com encomenda que podem chegar a 4 meses de espera). Pra melhorar, só falta o cenário internacional se acomodar. Em ano eleitoral, o governo reservou e empenhou tudo que queria edeixou a questão do orçamento ainda não aprovado, nas mãos do Congresso. Ouaprovam, ou ele quer votação no plenário. Índices econômicos bons são como raios a emitir luzes, luzes quedeixarão em Outubro próximo, uns candidatos mais iluminados que outros.Alguém duvida? Ciúmes A política tem mais ciúmes do que o amor. É sério, basta observar osmovimentos políticos de perto para se fazer esta constatação simples. Napolítica paroquial ou na nacional não se deve desprezar o ciúme comoingrediente. Ciúme e vaidade, por vezes substituem a razão e odesprendimento, qualidades indispensáveis do político e administrador.Afinal, somos humanos... Na já famosa tentativa de nosso governador Aécio, de unir PT e PSDB,não está faltando este ingrediente. É lógico que as questões programáticase até as fisiológicas também contam, mas o ciúme também passa a ser umaameaça. O novo amor do governador, o Prefeito de Belo Horizonte, estádeixando em polvorosa seus velhos amores. Quem pode prever o final deste enredo de novela? Dramalhão mexicano no melhor estilo ou novos enredos globais ambientados no Leblon ou em Copacabana? Aguardemos os novos lances, ou melhor, capítulos

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