segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Memorial do Monsenhor Vieira

Por Antônio Volponi

Dia 15 último – aniversário da Proclamação da República – também aniversário de ordenação do saudoso Monsenhor Vieira, foi inaugurado em nossa cidade o Memorial do Monsenhor Sebastião Carvalho Vieira, junto à livraria paroquial, no largo da igreja matriz. Obra já esperada que após tentativas e desacertos, concretizou-se a bom termo, dentro dos limites e possibilidades materiais e intelectuais. Evento muito necessário para cultivar a presença viva entre nós do querido Monsenhor, e importante relicário das lembranças e recordações de quem tanto foi e fez em benefício da fé, da cultura e da promoção humana e social dos mais necessitados. O corte da fita deu-se na noite do mesmo dia, após a missa solene em louvor à memória do Monsenhor, com grande número de participantes, autoridades e amigos pessoais que aproveitaram a oportunidade para matar a saudade e alimentar tão boas lembranças que consolam os corações saudosos, apesar de ser intensa a sensação de perda, olhando-se os paramentos, livros, âmbulas, terço, óculos, bengala etc.
É fato que o valor de um memorial não está no tamanho do acervo, nem no valor material dos objetos que o constituem, mas tão somente no “congelamento” da presença da pessoa ali guardada. No caso especial do Monsenhor, tudo que foi possível colocar em seu memorial é apenas lembrança material e visível de sua pessoa física, porque o seu grande valor transcende a qualquer coisa material, sua grandeza é de fato invisível, inexprimível.
E para que o Memorial do Monsenhor não seja apenas um museu de coisas inanimadas é necessário que cada um de nós nos espelhemos em suas virtudes e santidade, para que sua memória seja viva, fértil e promissora, para não ser confundida com sentimentalismo piegas e saudosismo derrotista.
E como Monsenhor está vivo em Deus, lá no Céu, nós aqui em baixo houvemos por bem juntar seus pertences, quiçá, impregnados de sua santidade e que nos falem com a voz do silêncio, do caminho que Monsenhor trilhou e deixou para nós suas pegadas...

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