terça-feira, 15 de janeiro de 2008

NO MUNDO DA BOLA

No “Mundo da Bola” desta semana, vamos trazer um pouco da história do Camisa 9 mais querido do futebol jacutinguense. Referimo-nos ao conterrâneo Luiz Sérgio Baldasso, 55, goleador que se destacou no futebol local, regional e teve passagens por clubes como: Adejota, Ponte Preta, Guarani, Gazeta Esportiva de Campinas, entre outros.

Gazeta – Luiz Sérgio, como surgiu essa paixão pelo futebol?
Luiz Sérgio – Desde criança a gente já brincava na rua de paralelepípedo com os amigos da época. Depois fomos jogar no Adejotinha, que era dirigido pelo senhor Raimundo e, naturalmente, as coisas foram acontecendo. O futebol sempre foi minha paixão, mas não foi tudo, graças a Deus eu tive outros caminhos e não posso reclamara. Sou realizado profissionalmente e, principalmente, na vida familiar. Tenho os meus amigos de futebol e isso também é muito importante.

Clubes pelos quais jogou?
Inicialmente joguei na famosa Adejota de 1970, que tinha: Tatau, Toninho Vilela, Donato, Gerson, Adiber, Lambari, Trevisani, Carabina, Arivelto, Tiãozinho Seret Lion e outros mais que brilharam na Adejota.
Em 1969, com 15 anos, fui para a Ponte Preta de Campinas. Lá, joguei no infantil e juvenil, quando fui campeão. No ano seguinte, retornei para Jacutinga para ajudar meu pai (Joanin) no armazém, porque o meu irmão Pedro tinha ido trabalhar em Bananal. Em 1971, voltei para a Ponte Preta após uma passagem pela Gazeta Esportiva de Campinas, onde tive uma bela performance. Infelizmente, tive o joelho estourado. Naquela época, os recursos da medicina não eram avançados como hoje.
Na Ponte Preta, joguei com o Oscar, Dicá, Manfrini, Carlão, Moacir, entre outras.
Depois fui jogar no Guarani na época do Flamarion, Escurinho, Mingo, Cleiton, Carlão (goleiro falecido) e o grande Washington.

E na região?
Joguei no Itapirense ao lado do Toninho Belini (prefeito de Itapira), Almir, Flávio, Dado e outros grandes nomes. O Lambari era o treinador da Itapirense. Ele (Lambari) já estava com a idade um pouco avançada (risos).
Joguei no Guaçuano (Mogi Guaçu) e no Mont Serrat, de Mogi Mirim.
Aqui no Sul de Minas, joguei no Botafogo e no 15 de Borda da Mata, inclusive, conquistamos um título regional ao vencer a Caldense, na final, lá em Ipuiúna. O jogo foi 3x1 e fiz 2 gols. O Lambari também jogava no 15 de Borda da Mata.

O que dizer em ser considerado o melhor camisa 9 de Jacutinga?
Digo sempre que joguei menos que o povo fala. Não fui um profissional com grande destaque, embora tenha passagens por Ponte Preta, Guarani e outros times. Mas, para mim, é motivo de orgulho em saber que fiquei marcado na memória de muitas pessoas. Digo que o Ricardinho jogou muito mais profissionalmente que eu e é um grande centroavante. Agora, tenho meus méritos, sempre fui inteligente e a bola chegava em mim e eu sabia o que fazer, principalmente, gols.

Jogador que o inspirou?
Tive muito apoio do Lambari. Tinha 13 anos e estava assistindo um treino no estádio, ainda de terra e pedra, quando o Lambari apontou para a arquibancada (de barranco) e me convidou para treinar. Não tinha nem chuteira nem meia e ele (Lambari) me forneceu material para treinar. O Lambari já era veterano naquela época (risos).

Jogo inesquecível?
São vários na memória. Porém, o que marcou, negativamente, foi o jogo em que tive o joelho estourado. Eu jogava pela Gazeta de Campinas contra o Madureira, de Souzas. Saímos perdendo. Peguei uma bola no meio campo e saí driblando o time inteiro quando concluir para o gol, escurreguei e caiu ajoelho com a esquerda e a direita para cima e o goleiro veio a atingiu-me o joelho.
Agora, isso para mim na representa desgosto algum. Como disse no início da conversa, sou uma pessoa realizada, bem quista e não tenho inimigos.

Time de coração?
Palmeiras.

Grandes ídolos?
Pelé e Niu (Lambari).

Time inesquecível?
Adejota que disputou 7 partidas com o Yuracan, de Itajubá. O Adejota tinha: Adiber (do São Paulo), o Santos (da Ponte Preta), goleiro Élcio, Alan (da Ponte Preta) e o Carboni (do Guarani) e os jogadores daqui. Melhor que esse time só o Santos de Pelé, Dorval e Coutinho, que era imbatível.

Futebol hoje?Só brinco socyet aqui na chácara. O meu grande compromisso de final de semana é esse. Recebo os amigos de Jacutinga e outra cidade da região e jogamos futebol. A minha satisfação é receber os amigos, jogar futebol e jogar conversa fora. Lá dentro de campo fico bravo e não gosto de perder, mas acabou o jogo é só alegria.

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