segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

DATA VÊNIA

Vamos Virar Esse Jogo, Uai!

Clélia Fonseca de Carvalho

De uns tempos para cá, “ser mineiro” já não está dando muito IBOP favorável ao povo das Gerais.
Atualmente estão acontecendo tantas coisas “desagradáveis”, ou melhor, a mineirada está se esquecendo que, tradicionalmente, é um povo zeloso pelos bons costumes, honesto, de bom caráter, conservador, hospitaleiro, tímido, religioso, etc.
O que será que está havendo? É leite batizado, queijo vencido, quadrilhas de assaltantes de cargas diversas, políticos corruptos, valerioduto mineiro, vereadoras fazendo turismo com dinheiro público e agora até cultivadores de maconha, como no caso da cidade de São Gonçalo do Rio Baixo, região central de nosso Estado.
Você pode dizer que essas mazelas existem em todos os Estados. É verdade, mas até a bem pouco tempo a gente tinha orgulho de ser mineiro porque, antes, as únicas coisas que falavam de nós era nosso jeitão meio caipira de ser, nosso sotaque carregado nos erres e nosso jeito de falar ligeiro simplificando as palavras, etc. Mas isso é o nosso diferencial, nossa marca registrada e não prejudica ninguém, apenas identifica a região em que nascemos.
Sempre fomos vistos como pessoas ingênuas, tímidas, conservadoras, desconfiadas, trabalhadoras, amantes de pão de queijo, do tutu de feijão com torresmo, da leitoa pururuca, dos doces de tacho, da catira, da roda de viola, do fumo de rolo, do fogão-de-lenha, do angu com quiabo, de contar causos e até do ET de Varginha. De um povo que torce pro Galo, mas que também respeita as estrelas da Toca da Raposa. De terra de gente religiosa, inteligente, patriota e que já deu grandes nomes à nossa história de artistas, mártires, poetas, escritores, heróis, ídolos e até de gente que fala: “ ô trem bão, sô”, etc.
Essa onda de más notícias envolvendo a gente mineira já está passando da hora de acabar.
Vamo ataiá essa prosa, pra morde virá esse jogo, Uai!

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