segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

No “Mundo da Bola”

No “Mundo da Bola” desta semana, batemos um papo com o nosso conterrâneo Sérgio Mendonça “Tché” Vilela, 46, que defendeu as cores da Adejota no final da década de 70, ocasião em que se transferiu para o São Paulo Futebol Clube, quando jogou ao lado de Oscar, Serginho Chulapa, Zé Sérgio, Dario Pereira...

Gazeta – Sérgio, como surgiu essa paixão pelo futebol?
Sérgio – Cresci na Rua santo Antônio, na casa de meus avós Tobias e Dona Maria. De frente, na casa do Alexandrinho Crocetti, tinha um campinho de futebol. Ali,
nós ajuntávamos e jogávamos futebol todas as tardes, tínhamos 11 anos. Era eu, o Alexandrinho, o José Ítalo o Nardini, o Ratinho, o Homero, o Nardinho Matile, o Luitti, o Afonsinho do sr. Dauro, entre outros. Na época, fomos fui jogar no Greminho, daí juntamos ao Niuzinho, o Dimas do Orestes, o Macarrão, o Ganso, o dr. Nivaldo etc.
com 15 anos, fui jogar na Adejota ao lado do Guga, fernandinho do Chicão, Carabina, Soléo, Luiz Sérgio, Tatau, Niu, Dé Rubim, Arivelto, e o meu pai Toninho Vilela, entre outros craques da época.

Como pintou sua ida ao Tricolor do Morumbi?
Quem me levou para o São Paulo, em 79, foi o inesquecível Fernandinho do Chicão, que na época jogava lá. Ele me convidou e me apresentou ao professor Cidinho. Lá, fui primeiramente para a categoria de base. Em 1980, o São Paulo me emprestou ao Santa Cruz de Recife. Lá permaneci pelo período de três meses. Retornei ao São Paulo em 81, quando ingressei no time principal que tinha Zé Sérgio, Serginho Chulapa, Oscar, Dario Pereira, Márcio Araújo, Renato “Pé Mucho”, Getúlio “Carão”, Marinho Chagas, Mário Sérgio, Heriberto, Almir, Paulo César, Gassen, Toinho, Barbiroto, Sidney...
No São Paulo fiquei até 84. Fomos bi-campeões paulista em 81-82. Vencemos um torneio em Miami, EUA, em 83.
No ano de 84, fui negociado junto ao São Bento de Sorocaba, onde permaneci por um ano.

Jogou em outros clubes?
Sim. Do São Bento fui para o Central de Caruaru, PE, lá fiquei um ano; De lá, fui para Itabira, jogar no Valeriodoce, onde fiquei um ano; Depois, fui jogar 6 meses na Caldense. Parei de jogar com 28 anos.
Aqui em Jacutinga, joguei por muitos times, desde a Adejota, Panela, Seleção de Jacutinga, São Luiz. Joguei para as equipes de Albertina, Monte Sião, Itapira, Espírito Santo do Pinhal. Disputei campeonato de futebol de salão. Era só chamar para jogar que eu pegava a chuteira e estava lá.

Como define sua passagem pelo São Paulo?
Foi uma experiência de vida muito grande. Freqüentava vários ambientes, tínhamos entrada franqueada no Palácio do Governo, na época do Governador José Maria Marin. Como fui pra lá muito novo, eu não aproveitar a oportunidade no mundo do futebol e, sim, aproveitei as festas, o oba-oba, o mundo maravilhoso que é aquela cidade e seus ambientes. O São Paulo promove confraternização todos os anos e sempre me convida, é um clube que dá muita importância aos seus ex-atletas.

É sãopaulino?
Sim. Quando fui pra lá não torcia pra time algum, mas depois que a gente se envolve com a torcia, o clube, fica difícil não torcer pelo São Paulo. O clube tem a melhor estrutura do futebol brasileiro.

Jogo que marcou sua vida?
São Paulo e Flamengo no Maracanã. Empatamos 1x1 com mais de 100 mil pessoas nas arquibancadas. O Flamengo tinha Raul, Mozer, Zico, Adílio, Júnior, Titã, Andrade etc. Isso em 81.

O melhor jogador que já enfrentou ou viu jogar?
Zico, o camisa 10 do Flamengo e da Seleção. Agora, o Reinaldo do Atlético foi um monstro do futebol.

Como vê o futebol hoje?
Muita força física e pouca habilidade, diferentemente da época em que eu jogava. Hoje, o Brasil é muito deficitário na zaga. Antigamente tinha um Oscar, Dario Pereira, Luizinho, Mozer...

Você ainda joga futebol?
Jogar não, brinco. Temos um grupo de amigos que brinca society lá no campo do Dr. Pércio, às terças e quintas. De vez em quando a gente atua pelo time da panela, nos veteranos.

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